Tradução de “¿Literatura lésbica o lesboerotismo? El caso de Mexico”, de Norma Mogrovejo

tammuzs
12 min readOct 23, 2020

Norma Mogrovejo é uma uma feminista lésbica peruana, escritora e professora pesquisadora na Universidad Autónoma de la Ciudad de México. Nasceu em uma pequena vila quíchua e se mudou para Arequipa, província no Sul de Peru, na adolescencia. Foi lá que se descobriu feminista e também lésbica. Aos 28 anos, se exilou [1] no México. Em suas palavras: o exílio foi necessário porque as mulheres não conseguiam encontrar uma maneira de viver fora da heterossexualidade sem risco e foi no México que encontrei uma comunidade de referênca onde vivo com entusiasmo meu corpo lésbico.

Norma Mogrovejo em “¿Es la familia el núcleo de la sociedad?”, entrevista concedida à revista digital mexicana Periódico desdeabajo. Disponível aqui, em espanhol.

Como professora, pesquisa sobre os modelos civilizacionais que impuseram corpos, pensamento, obediência e as formas de construir comunidades estratégicas fora do mandato de estado, nação, heterossexualidade, classe e raça. Como escritora, publicou muitos livros sobre lesbianismo e seu movimento, uma de suas linhas de pesquisa principais. Até a data deste post, não encontrei nenhum de seus livros traduzidos para o português. Alguns são:

Un amor que se atrevió a decir su nombre: La lucha de las lesbianas y su relación con los movimientos feminista y homosexual en América Latina (2000, 2010), uma análise historiográfica do movimento lésbico latino-americano em sua relação com os movimentos feministas e homossexuais a partir dos estudos de caso do México, Argentina, Brasil, Peru, Chile, Costa Rica e Nicarágua;

Desobedientes: experiencias y reflexiones sobre poliamor, relaciones abiertas y sexo casual entre lesbianas latinoamericanas (2009), uma compilação de ensaios, histórias e poemas sobre as experiências de lésbicas dissidentes latino-americanas à monogamia compulsória;

Disidencia sexual y identidades sexuales y genericas (2006), uma compilação de ensaios sobre dissidência sexual e identidades de gênero e gênero, produto do II Encontro de mesmo nome, realizado na Universidad Autónoma de la Ciudad de México, em 2005.

Fac-símile da capa da 74ª edição da Sinister Wisdom, Latina Lesbians.

Publicou em 2008 o ensaio “¿Literatura lésbica o lesboerotismo? El caso de Mexico”, ensaio traduzido abaixo, na 74ª edição da revista americana Sinister Wisdom — edição especial dedicada a publicar textos de Lésbicas Latinas. Sinister Wisdom é uma revista americana criada em 1976. Publica literatura, teoria e arte feita por lésbicas e para lésbicas. Você pode ler o texto de Mogrovejo em sua língua original aqui.

“Literatura lésbica ou lesboerotismo? O caso do México”

O objetivo desta apresentação é refletir sobre alguns conceitos que envolvem a literatura lésbica. Em vez de estabelecer limites e rótulos para estilos literários, proponho uma série de questões que inquirem conceitos tomados por fatos sobre identidades genéricas e sexuais, e brevemente abordam a construção de um eu lésbico a partir da narrativa.

O que é literatura lésbica? Podemos falar sobre uma literatura lésbica? Angélica Tornero (2001) em seu artigo “Literatura homosexual”, a define como aquela escrita por homens e mulheres homossexuais e heterssexuais que abordam explicitamente o assunto. Esta definição cobre 1) o autor e a autora e 2) o tópico explícito. Poderíamos dizer que se trata de literatura lésbica aquela escrita por qualquer pessoa, desde que seja sobre o assunto? O que Tornero quer dizer quando menciona explicitamente “o assunto”?

Nas últimas décadas lemos romances onde, de forma transversal, alguma personagem feminina tem uma experiência lésbica com outra mulher. Nem sempre se trata de uma história de amor entre duas mulheres. Na maioria das vezes é uma experiência sexual, senão de amor que, questionando ou não a personagem, ela retorna à sua vida heterossexual. A hegemonia heterossexual é questionada, mas a resistência não basta para rompê-la, e a heterossexualidade triunfa. Estaríamos falando, nesses casos, de literatura lésbica?

Para esclarecer os termos: Quem é a lésbica? Como se define uma lésbica: por uma ou mais experiências sexuais ou amorosas? O termo lesbianismo aparece no contexto mexicano em 1975, graças ao movimento feminista, na Conferência por el año Internacional de la Mujer (Mogrovejo, 2000). Anteriormente, a denominação era “mulheres homossexuais”. A irrupção de um movimento social que reivindicava o orgulho de ser lésbica e o significado político disso deu ao conceito de lesbianismo além de um sentimento de identidade, um significado profundamente político, uma identidade em resistência a um poder hegemônico: a “heterossexualidade compulsória” (Rich, 1980). “Lésbicas são mulheres cujos principais interesses eróticos e emocionais são dirigidos a outras mulheres, mesmo que não sejam expressos abertamente. Lésbicas atacam direta e radicalmente o sistema estabelecido com base na sua recusa em desempenhar o papel que lhes é socialmente atribuído”, afirma Victoria Sau (1979: 21). A definição inclui, além de gênero, sexualidade e subjetividade, um elemento político. As lésbicas atacam o sistema patriarcal. Para Marcela Lagarde:

o lesbianismo é um desprezo pelo poder dos homens e é transgressor porque significa uma escolha, um ato de escolha e abandono ao destino natural. Por isso é um ato com significado político, tanto pelo ataque ao poder patriarcal que consagra o fálico como o erótico para as mulheres, quanto porque permite um passo na constituição das mulheres como protagonistas em um campo de complexidade política. Como uma rejeição da interação erótica com o masculino, o lesbianismo é um não à cultura erótica dominante e é um sim — real e simbólico — da mulher para ela mesma (1990: 217).

Então, é possível imaginar a lésbica como qualquer mulher que faz sexo com outra mulher e se apaixona por ela? Até recentemente, a alusão a uma prática sexual ou genérica poderia definir uma posição de vida, assim, os insultos aos que escapavam às regras genéricas estigmatizavam a pessoa e uma identidade “perversa”, talvez não assumida ou não própria. Feministas e sexologistas questionaram o princípio essencialista de que “biologia é destino” e com ele a divisão opressiva de gênero que é o produto de uma morfologia. Enquanto isso, o surgimento de novas masculinidades e feminilidades desaparecem como possibilidades de transformação.

Pesquisas sobre sexualidade e AIDS mostraram que as práticas sexuais não definem necessariamente uma identidade. A existência de um elevado número de homens com práticas sexuais homoeróticas mas reafirmadas na sua identidade heterossexual repensam as estratégias de prevenção da doença mas também os domínios da identidade e a necessidade de distinguir entre práticas sexuais e identidades sexuais.

A identidade sexual como conceito foi rejeitada por um setor do movimento lésbico porque pode se referir a um ambiente naturalista ou a instrumentos de regimes regulatórios. No entanto, é um conceito absolutamente indispensável que oferece significado pessoal, localização social e compromisso político. Alguns podem dizer “Eu sou heterossexual”, pois é um valor dado como correto. Mas decidir “sou gay” ou “sou lésbica” é declarar pertencimento e assumir uma posição específica em relação aos códigos sexuais dominantes. Essas identidades são cultural e historicamente específicas, selecionadas a partir de uma infinidade de identidades sociais possíveis, não atribuíveis a um impulso ou desejo sexual; mas eles não são partes essenciais de nossa personalidade. Estamos cada vez mais conscientes de que a sexualidade é um produto da natureza, da linguagem e da cultura. E nós nos esforçamos para consertá-lo, estabelecê-lo, digamos, através do nosso sexo, quem somos (Weeks, 2000).

Com os modos de vida com os quais crescemos e que cunharam nossa identidade, assumimos tipos muito diferentes de responsabilidade histórica. Identidades não implicam apenas em diferenciação, envolvem modificações, rupturas e estruturação de novas identidades, ou seja, reconhecimento, reafirmação, consciência, compromisso e transformação (Valenzuela, 1993).

A identidade sexual não se refere a uma obsessão pessoal por sexo, mas sim a uma resistência aos princípios organizacionais de uma sociedade que hierarquiza até mesmo as áreas da sexualidade. Portanto, para as ativistas, assumir a identidade lésbica é um ato político que ameaça as estruturas de uma sociedade heterossexista.

As identidades sexuais são decisões tomadas livremente. A lésbica se dá conta de sua diferença e recebe alguns significados: ser lésbica é uma escolha; ao tomar essa identificação, as outras formas possíveis são eliminadas, a ausência dessas outras formas é o que forma a lésbica (de la Tierra, 2002).

Identidade é um valor que implica um posicionamento, “eu sou”. “Eu sou lésbica” é a afirmação de uma existência que saiu do silêncio, um não à imposição ancestral e um sim a uma voz própria. Mas nós, lésbicas, carecemos de tradição e discurso sobre nosso passado recente. Com o surgimento da segunda onda do movimento feminista (final dos anos 1960) começamos a nos organizar e ainda estamos trabalhando para resgatar uma história, uma linguagem, um corpo e tentando definir quem somos. Então, poderíamos chamar de lésbicas os romances que contam histórias sexuais entre mulheres?

O erotismo entre as mulheres tem sido um estilo literário recorrente, muitas vezes dedicado a exaltar a morbidez de uma sociedade de duplo padrão. Além disso, e talvez inconscientemente, mostra uma realidade de marginalização e exclusão. Quando falar, então, de literatura lésbica ou lesboerotismo? Entendida em seu contexto histórico, a lésbica remete a um sentido político por ser uma resistência a um sistema de poder opressor, a heterossexualidade compulsória.

Faz diferença aqui, agora, quem escreve sobre lésbicas para “rotular” a obra como “literatura lésbica”? Poderíamos inferir que a literatura lésbica é tudo aquilo que responde por um sistema de opressão baseado na heterossexualidade compulsória, independente da voz do autor ou autora. No entanto, essa história de silêncio, exclusão, negação e perseguição exige tecer um passado e narrar um presente a partir da primeira voz, o “eu lésbico”. Assim, a literatura lésbica também é um documento histórico que dá conta de conflitos, resistências, histórias cotidianas, pessoais e coletivas.

Narrativa do eu lésbico: assumindo a limitação de não ser literatura ou crítica de literatura, buscar uma literatura lésbica que fale daquele eu lésbico foi mais complicado do que a abordagem teórica. A narrativa escrita a partir do eu lésbico no México é extremamente escassa, mas não a poesia. A produção limitada de narrativas lésbicas mostra que o medo continua atuando como uma polícia interna. Nós, lésbicas, ainda temos medo de falar e escrever é mais trabalhoso. Além disso, as possibilidades de publicação limitam-se a uma avaliação da estética com referenciais androcêntricos. Apresento um breve passeio por cinco autoras que se afirmam lésbica, não porque sejam as únicas ou as mais representativas, claras em sua escolha, mas porque o eu lésbico é o ponto central do dilema, uma bola forte o suficiente para tecer uma história própria.

O primeiro romance que abre o fluxo do eu lésbico é “Amora”, de Rosa María Roffiel. Concluído em 1983 e publicado pela primeira vez em 1989, é escrito contra o pano de fundo de um movimento feminista e lésbico, orgulhosamente expressando a voz de um eu lésbico. Guadalupe é uma ativista disposta a mudar o mundo, que se apaixona por um heterossexual. Ciente do conflito, afirma: “As mulheres heterossexuais [2] são tão viris como os machos, têm os mesmos complexos, as mesmas fobias, por isso deve-se fugir delas” (123), mas logo sucumbe ao amor. Claudia, a mulher por quem se apaixonou, reinvidica a poligamia para não parar de ficar com homens, o que provoca acessos de ciúme e Guadalupe. O conflito central gira em torno da indecisão de Claudia em relação à identidade lésbica, ser ou não ser. Términos e reencontros criam uma cadeia de conflitos que termina em final feliz, amenizam as coisas (Trejo, 2001). Há um grande interesse da autora em escrutinar esse eu lésbico: Quem são elas? Como é escolhida essa condição? O que as leva até lá? Como se reconhecem? Como se apaixonam? Quais são suas preocupações? “Amora” é um documento que relata um momento histórico em que os conceitos sobre sexualidade e gênero mudam graças à efervescência dos movimentos sociais.

Dos Mujeres”, de Sara Levi Calderón (1990), mostra um eu lésbico no contexto de uma perseguição familiar: ataques, agressões físicas e ameaça de deserdação da protagonista Valéria, judia, mãe de dois filhos e divorciada. Por fim, vão morar em Paris, onde, depois de alguns anos, Genovesa a abandona por um homem. Anos depois, ela a visita novamente, mas a encontra morta. “Dos Mujeres” é uma tragédia de violência e exclusão em um mundo privilegiado onde Paris pode oferecer autoexílio.

Con fujitivo paso (1997), Victoria Enríquez apresenta oito histórias lésbicas que tecem parte dessa história perdida, se transformam naquele passado incerto e constroem um mito fundador. Poética, com cinismo e senso de humor, a autora inventou um eu lésbico no mundo pré-hispânico, na Grécia antiga, durante a revolução zapatista e no século XVII, etc. Sor Juana Inés de la Cruz junto com o vice-rei atravessam o tempo e, em uma noitada, acompanham Angélica María a Acapulco.

Reyna Barrera publica “Sandra: Secreto Amor” em 2001. É um romance que, embora não apresente um conflito central — um nó, como é costume na literatura convencional, insere Ramona e Sandra em um mundo artístico e cultural onde a má índole de Ramona traz situações de crise para o casal. Uma possível explicação construtivista de que o gênero é fixo antes do nascimento esclareceria as características do protagonista: um nome masculino atribuído na gestação da mãe como desejo de um filho homem. O romance extrai papéis sociais do mundo heterossexual transportado para o mundo lésbico. O dominante, provedor, que define os conflitos, homem claro, e a mulher, artista, delicada, sensível, prudente. A vida lésbica não é em si nem revolucionária em si mesma. Os papéis de butch-fem [3] fortalecem as estruturas e hierarquias de poder. Em um dos últimos contos de Con fugitivo paso, o autor zomba de uma butch escravizado por uma fem.

Resgato neste breve relato Odette Alonso. Ainda inéditas, duas de suas histórias chegaram às minhas mãos: “La dos cara de la luna” e “Con la boca abierta”. Odette resgata aquele eu lésbico orgulhoso e definido, sem dúvida e com senso de humor; astuto e inteligente, mas se apaixona pela pessoa errada, uma mulher héterossexual. Em “La dos cara de la luna”, uma longa história ou romance, Andréa se apaixona por sua colega de trabalho Selena, que é casada. O marido sai do país e elas iniciam um romance que é interrompido quando ele retorna. Desafiar os limites da heterossexualidade pode ter consequências muito graves e fica patente no final de “Con la boca abierta”, quando o marido fica com a boca aberta quando as encontra fazendo amor. Mas Andréa não fica mal porque tem a solidariedade de Marina, sua amiga. Odette resgata a força solidária das mulheres, força que move a vida.

As cinco autoras constroem um eu lésbico coletivo preocupado em articular uma ou várias histórias onde lésbicas podem encontrar um sentido de referência, um passado que contribui para compreender o presente e vislumbrar o futuro.

O confronto com a norma heterossexual reafirma um eu lésbico. No entanto, apaixonar-se por uma mulher heterossexual se torna um argumento recorrente em que o conflito, embora dramático na literatura anterior a Amora (vemos isso em Dos Mujeres), não acaba mais com a vida. “Se ela for embora de novo, eu não vou desabar … há recursos e mãos amorosas que sempre vão te levantar, aconteça o que acontecer com você”, diz Amora (Roffiel 1999:186).

O eu lésbico transgride um dos pilares do patriarcado: a heterossexualidade compulsória, não a monogamia compulsória, outro dos pilares da sociedade patriarcal. Os referenciais de uma relação amorosa são muito próximos aos heterossexuais: relações de posse, propriedade, ciúme, infidelidade, violência, como o conflito épico. Conseguimos escapar desses valores que reforçam nossa própria opressão. Mesmo quando a literatura é expressão de uma realidade, gostaríamos do convite de ficções que construam outras formas de relacionamento cujos valores não estejam centrados na heterossexualidade ou na monogamia compulsória. Se trata de inventar a literatura e também a realidade lésbica.

Bibliografia:

Alonso, Odette. Con la boca abierta. Madrid, España: Odisea Editoria, 2006.

Barrera, Reyna. Sandra: Secreto Amor. México, DF: Placa y Valdés Editores, 2001.

de la Tierra, Tatiana. Para las duras. Buffalo, NY: Calaca Press, 2002.

Enriquez, Victoria. Con fugitivo paso. Chilpancingo, Guerrero, México: Universidad Autónoma de Guerrero, 1997.

Lagarde, Marcela. Cautiverio de las mujeres: Madresposas, monjas, putas, presas y locas. Coordinación general del estudios de posgrado. México, DF: Universidad Nacional Autónoma de México, 1990.

Levi Calderón, Sara. Dos Mujeres. México: DF: Editorial Diana, 1990.

Mogrovejo, Norma. Un amor que se atrevió a decir su nombre: La lucha de las lesbianas y su relación con los movimientos feminista y homosexual en América Latina. México, DF. Plaza y Valdés, 2000.

Mogrovejo, Norma. Teoría lésbica, participación política y literatura. México, DF. Universidad de la Cuidad de México, 2004.

Nuñez Noriega, Guillermo. Sexo entre varones. Poder y resistencia en el campo sexual. México: DF: Mugiel Angel Porrúa, El Colegio de Sonora, PUEG-UNAM, 1999.

Rich, Adrienne. “La heterosexualidad obligatoria y la existencia lesbiana.” (1980). Traduzição deRicardo Martínez Lacy a partir do texto publicado em Ann Snitow, ed., Powers of Desire: The Politics of Sexuality. NY: Monthly Review Press, 1983.

Roffiel, Rosa María. Amora. México, DF: Edición Hoja, Casa editorial de CV, 1999.

Sau, Victoria. Mujeres lesbianas. Colección Lee y discute 108. Madrid, Espanha (1979)20–35.

Trejo Fuentes, Ignacio. “Rosa María Roffiel: Amora”. Em Literatura gay, revista de literatura 17. UAM Azcapotzalco, 2º semestre (2001).

Tornero, Angélica. “Literatura homosexual”. Em Literatura gay, revista de literatura 17. UAM Azcapotzalco, 2º semestre (2001).

Valenzuela, José Manuel. “Mi barrio es mi cantón. Identidad, acción social y juventud”. En Bonfil Batalla, ed. Nuevas identidades culturales en México. México D.F: México-Stadt: CNCA, 1993, 154–178.

Weeks, Jeffrey. “La construcción de las identidades genéricas y sexuales. Ça naturaleza problemática de las identidades”. En Szasz Ivonne, Sexualidad en México. Algunas aproximaciones desde la perspectiva de las ciencias sociales. México: DF: El Colegio de México, (2000) 175–221.

Tradução de Thamires Zabotto.

[1] NT: Mogrovejo fala “sexilié” em vez de “exilié”, enfatizando que seu exílio foi por causa de sua orientação sexual: “(…) A los 28 me sexilié en México porque las mujeres no encontrábamos forma de vivir fuera de la heterosexualidad sin riesgos”.

[2] NT: Na frase original: “Las bugas son tan machas como los machos, tienen los mismos complejos, las mismas fobias, y por eso debe huirse de ellas”,a autora usa a gíria bugas para se referir às mulheres heterossexuais.

[3] NT: Butch-fem são são termos usados na subcultura lésbica para atribuir ou reconhecer uma expressão de gênero masculina (butch) ou feminina (fem) com seus traços, comportamentos, estilos, autopercepção e assim por diante.

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